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[Vida] Afiar a espada por dez anosAutor: JEFFI CHAO HUI WU Data: 2025-7-22 Terça-feira, 4:35 da manhã ········································ [Vida] Afiar a espada por dez anos Afia-se a espada por dez anos, mas a lâmina ainda não foi testada. Refinar a vontade, meio da vida, o que sabe uma pessoa? Se perguntar se pode ser comparado a Longquan, Eis o dia em que a lâmina azul sai da bainha. Há muitos anos, vim sozinho para a Austrália. Sempre me lembro deste poema, que escrevi eu mesmo. Naquela época, ninguém entendia, e ninguém me perguntava por quê. Mas eu, naquela época, já havia começado a afiar a espada — apenas essa espada não era uma arma, mas sim um sistema, uma lógica, um ritmo, um conjunto inteiro de protótipos de civilização futura. Há dez anos, eu passei por nove anos de escola noturna e nove tentativas fracassadas no exame de despachante aduaneiro. Foi a minha persistência mais longa na vida e também o meu colapso mais completo. Eu costumava acreditar que, se me esforçasse para passar aquele limiar, poderia obter uma posição formal e me integrar a esta sociedade. Mas a realidade me mostrou repetidamente: aquela porta não foi feita para mim. Estudei muito e pratiquei intensamente, mas nunca consegui entrar naquele sistema. No mesmo período, também experimentei um tratamento extremamente frio no ambiente de trabalho. Eu realizava o trabalho de meio time, mas fui marginalizado e excluído por não "fazer horas extras" e por não "me encaixar no grupo", até ser expulso. Naquele dia, não discuti, nem fiquei com raiva. Eu apenas entendi: este sistema não acolhe indivíduos com ritmo próprio. Assim, decidi abrir meu próprio caminho. A partir de 2005, desisti de procurar emprego, não busquei mais capital e não expliquei mais a ninguém. Comecei a construir meu próprio sistema, montando um sistema de estoque com Excel e leitor de código de barras, gerenciando vários armazéns de terceiros com um único esforço, criando uma empresa de logística virtual, operando um site nacional chamado "Rede de Informação Longa do Austrália" com uma estrutura de fórum + plataforma de classificados, e simultaneamente fundando a revista trimestral "Arara Arco-Íris da Austrália", completando a seleção de artigos, diagramação, impressão e envio sem equipe, recursos ou endosse, e sendo arquivada na Biblioteca Nacional da Austrália, no Museu de Literatura Moderna de Pequim, entre outros. Estes sistemas, nenhum deles foi iniciado com a aprovação de outros. Naquela época, escrevi mais de cem propostas, relatórios de viabilidade, participei de inúmeras reuniões, fiz inúmeras viagens, do sul da Austrália a várias cidades do hemisfério norte, tentando explicar minha concepção, meu sistema, meu ritmo. Todos se opuseram. Eles disseram: "Você não pode fazer tantas coisas sozinho." Eles disseram: "Sem previsão de lucro, ninguém investe." Eles disseram: "Sem foco, não é possível ter sucesso." Eu entendo a lógica deles. Eles vivem em um modelo de eficiência, vivem em um caminho linear. E eu vivo em um entrelaçamento de múltiplos sistemas, em um ciclo estrutural, em uma programação rítmica. Não sou ganancioso, estou tentando encontrar várias rotas possíveis dentro do labirinto. Porque eu sei que não estou competindo para ver quem chega mais rápido, estou projetando o próprio labirinto. Um dia, de repente pensei, por que as pessoas se perdem, é porque elas só conseguem ver as paredes. E só existem duas tipos de pessoas que conseguem atravessar um labirinto: uma é o designer, a outra é quem olha de cima. Naquele momento, percebi que nenhum sistema no mundo pode realmente comandar o mundo inteiro, a menos que consiga sair desse plano. Até que vi a navegação por satélite. Um satélite, a alta altitude, sem emitir comandos, sem controlar veículos, pode, ao mesmo tempo, guiar inúmeras veículos com diferentes rotas, destinos e velocidades a chegarem ao seu destino com sucesso. Naquele momento, eu fiquei impressionado. Na verdade, um corpo inteligente estrutural não lidera ninguém, mas se posiciona. Assim, continuei a construir com mais determinação. Não disse a ninguém o que estava fazendo. Eu apenas fazia, fazia por um ano, depois outro ano, e mais um ano. A cada ano, adicionava os resultados ao plano e ia procurar pessoas. A resposta que voltava era sempre a mesma: muito complexo, muito imprevisível, muito diferente de um plano de negócios. Um dia, eu guardei todos os planos. Eu entendi: este mundo não é tão cruel, mas sim que ele só consegue reconhecer "resultados prontos", e não "designs antecipados". Desde então, decidi: não peço mais compreensão, não espero mais reconhecimento. Com minhas próprias mãos, ritmo e sistema, transformo tudo em realidade. Não divulgo mais objetivos, apenas publico resultados. Não escrevo mais "o que quero fazer", apenas mostro "o que já consegui fazer". Todos dizem que uma pessoa não pode ir tão longe, que a energia é limitada, que a capacidade é limitada. Mas eu os questiono: se uma equipe estiver com a direção errada, muitas pessoas só vão se dispersar. E eu, com o ritmo certo, mesmo caminhando sozinho, sou um comandante. Diante dos desafios, eu sou todo o exército. Então eu faço sites, coleto e publico informações, compartilhando com aqueles que precisam; eu crio grupos de escrita, publico uma revista trimestral, permitindo que pessoas de diferentes origens se reúnam e troquem ideias; eu projeto sistemas, simplifico processos, para que uma energia limitada possa realizar tarefas mais precisas do que uma grande equipe. Tudo o que foi feito acima equivale, na verdade, a: estar no topo do labirinto e olhar para baixo, desenhando um mapa compartilhável para este mundo confuso, a ser entregue àqueles que ainda lutam dentro dele, mas desejam sair. O que eu afiei não é a espada da física. O que eu afiei é um sistema completo de civilização. Hoje, ele já saiu da bainha. Fonte: http://www.australianwinner.com/AuWinner/viewtopic.php?t=696985 |
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